Os resultados das recentes eleições em duas das entidades da categoria – a Astaers e a Ascorsan – não podem ser vistos de maneira isolada. Para o presidente do SINDIÁGUA, Rui Porto, os dois pleitos, com vitórias de chapas comprometidas em levar adiante (na Ascorsan) ou iniciar (na Astaers) processos de renovação e saneamento moral e financeiro interno, não aconteceram por acaso. “Eles demonstram que a categoria decidiu claramente retomar as rédeas de suas entidades”, diz ele. E chama a atenção para a semelhança dos resultados – na ordem de três votos por um a favor das chapas que buscam aprofundar as mudanças.
Ascorsan
No caso da Associação dos Servidores da Corsan, a reeleição da chapa encabeçada por Atalante Corrêa e Silva demonstra que a maioria dos colegas dá um voto de confiança na evolução das mudanças, que começaram a ser implantadas no início de 2008, com esta diretoria. “Os colegas apostaram no avanço deste ciclo, em favor de uma associação com gestão mais transparente, com as contas em dia e atendimento indiscriminado e igualitário para todos os associados”, afirma Rui Porto. “Os colegas da direção da Ascorsan estão sinceramente empenhados em resgatar para a categoria os altos valores que eram canalizados, até recentemente, para os amigos do grupo que gerenciava a Associação”.
Envolvimento e participação
No entender do presidente do SINDIÁGUA, a apuração dos votos na última sexta-feira, dia 08 de janeiro, reafirma com muita solidez o propósito da categoria de retomar efetivamente sua entidade. “As pessoas se deram conta que é possível modificar situações a partir de seu envolvimento e de sua participação efetiva, o que traz reflexos positivos no seu dia a dia, em termos práticos”, lembrou.
Astaers
Em relação aos resultados obtidos na Astaers - que agora elegeu o secretário-geral do SINDIÁGUA, Leandro Almeida, como novo presidente -, Rui Porto observa que lá esta virada foi uma verdadeira novidade: “Até agora os ventos da mudança não haviam batido por lá”, disse. “Mas a repercussão é enorme, pois a atividades dos colegas do Tratamento é de importância fundamental para a Corsan - e mais ainda para a saúde da população gaúcha”, diz. Segundo Rui Porto, os colegas deste setor estavam acostumados a irem de casa para o trabalho, na solidão das estações de tratamento, sem maior envolvimento com os assuntos da categoria. “Porém, eles resolveram acreditar na mudança da entidade num momento muito importante e crucial para a empresa, pois a renovação ou não dos contratos de gestão com os municípios vai implicar na própria sobrevivência da companhia como empresa pública”.
Conscientização
O presidente do SINDIÁGUA afirma ter ficado muito feliz com os dois resultados, que apontam para o crescimento do nível de consciência da categoria como um todo. “É preciso lembrar que as coisas não acontecem de modo isolado, pois vejo com satisfação que vários desses novos dirigentes na Ascorsan e Astaers já vinham há muito batalhando em suas comunidades, em audiências públicas na câmaras de vereadores e com prefeitos, no sentido de garantir a continuidade das operações da Corsan em seus municípios”. Por fim, vale lembrar que se não fosse o grande mutirão que derrubou a antiga diretoria do SINDIÁGUA, nas eleições de 2007, talvez a situação estivesse muito pior, com os nossos empregos ainda mais ameaçados, pois a mesma turma que se locupletava no caixa do Sindicato fazia o mesmo em várias outras entidades de trabalhadores da Corsan, sem qualquer política em favor da continuidade da companhia ou do saneamento público.
“Hoje é inegável que houve um avanço na consciência de toda a categoria. Os resultados destas eleições recentes, só confirmam isso”, conclui o presidente do Sindicato.