O “espírito da coisa”
A Corsan, em resposta ao pedido do SINDIÁGUA com referência a facilitar a presença das mulheres ao Encontro que deveria se realizar nos dias 05 e 06 de março em Porto Alegre, foi desrespeitosa com todas as mulheres que trabalham na empresa: liberou apenas duas colegas por cada região operacional. Com isso, na prática inviabilizou a realização do Encontro. (A Conferência dos Representantes Sindicais acontecerá sem alteração nos dias 03, 04 e 05 de março).
A atual direção da empresa parece que não sabe que o Encontro de Mulheres já é uma atividade no calendário das trabalhadoras, servindo inclusive como instrumento para melhorar a presença da mulher no mundo do trabalho.
Não entendeu o "espírito da coisa", como se diz no cotidiano.
Isolamento da mulher faz bem!
Uma empresa que gasta milhões em atividades “de qualidade”, quando se vê de frente com uma atividade integradora das pessoas, neste espaço – o trabalho - que às vezes é repleto de contradições, dá as costas para suas funcionárias.
Uma atividade patrocinada pelos trabalhadores em conjunto, para organizar as trabalhadoras em seu local, coloca em xeque toda a meia-vontade de ser uma empresa que, a rigor, deveria primar pelo bem estar de suas funcionárias.
Deduz-se disso que, para a Companhia, o melhor remédio é o isolamento da mulher, somada à sua não integração com os demais colegas, para não virem a saber o que ocorre por estas unidades de saneamento por aí a fora.
Liberação não atende às necessidades
A liberação de somente duas colegas por cada região operacional, frustra não só a expectativa das trabalhadoras, como também dá um golpe na relação que a Corsan diz ter com seus funcionários.
Não é difícil se fazer uma ilação e mostrar a tendência da empresa de desrespeitar as agremiações representativas dos trabalhadores nesta gestão.
Pensa pequeno o grande grupo de diretores que há nesta Corsan. Não é de admirar que estejam se vingando nas trabalhadoras pela “ingovernabilidade” estadual existente, que tem uma mulher no comando.