quinta-feira, 28 de maio de 2009

Sitel: Sindiágua quer aprofundar o debate sobre vazamento de benzeno

Na manhã desta quinta-feira, 28/05, foi realizada na sede do Sitel uma nova reunião para tratar dos possíveis efeitos nocivos causados pelo vazamento de benzeno, ocorrido em agosto de 2008, na área do Pólo Petroquímico, onde a Corsan mantém Estação de Tratamento. Estiveram presentes os membros do Conselho Estadual do Benzeno (que reúne a Delegacia Regional do Trabalho – DRT, entidades de trabalhadores e Ministério da Saúde). “A realização deste encontro no próprio Sitel tem um sentido simbólico, pois foi aqui que os trabalhadores ficaram expostos a esse vazamento no ano passado, por cerca de uma semana, até que a direção da empresa ouvisse o alerta dos funcionários”, lembrou David Barros, que representou o SINDIÁGUA nesta reunião, juntamente com a diretora Eloísa Quines.


Substância cancerígena

O médico Roberto Schlemberger, técnico fiscalizador da DRT-RS, fez uma esclarecedora palestra sobre os graves riscos à saúde decorrentes da exposição ao benzeno sem os devidos cuidados. “Um fato é inegável”, disse o especialista: “Independente da concentração do benzeno, ele é sempre cancerígeno”. Na avaliação do SINDIÁGUA, a Corsan ainda mostra-se reticente em relação ao problema, e até hoje não emitiu o CAT aos trabalhadores expostos, embora seja obrigatório. “O Sindicato exige novos rumos em relação a esta questão, até para prevenir acidentes futuros”, diz David. “A própria convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário, recomenda uma série de cuidados no manuseio do benzeno e nos casos de exposição a este veneno”.


Conforme o técnico da DRT-RS, os exames clínicos realizados pelo departamento médico da Corsan nos funcionários expostos ao produto não têm qualquer validade científica, pois foram feitos bem depois do período adequado. Aliás, na reunião desta quinta-feira, mais uma vez este setor da companhia não se fez presente. “Na verdade, a empresa tem que fazer um histórico dos exames médicos dos trabalhadores atingidos e guardá-los por 30 anos, para que no futuro se conheçam as razões desta ou daquela doença que por ventura se manifeste naquelas pessoas”, disse o dr. Schlemberger. “É importante entender a gravidade da situação, pois o benzeno pode atacar a medula óssea do paciente, minando suas defesas orgânicas contra infecções”.


Nosso Sindicato, com o Sindipólo e a CUT-RS, já está pleiteando junto à direção da Corsan uma nova reunião sobre o mesmo tema com a presença de um técnico da Fundacentro (órgão do governo federal), para contribuir no esclarecimento total destas questões.


Utresa

Os representantes do Sindicato comunicaram também à nova superintendente do Sitel, engenheira Tânia Zoppas, o envio de correspondência à Secretaria Estadual de Meio Ambiente pedindo a formação de um grupo de trabalho tripartite, com representação do SINDIÁGUA, Corsan e Fepam, para obter resultados concretos sobre o caso dos resíduos da Utresa, depositados irregularmente no Sitel. “Ainda não conhecemos oficialmente a composição destes resíduos nem o destino que será dado a este material. Por isso, queremos evitar que se repitam os encaminhamentos tortuosos que ocorreram no grave episódio do benzeno”, afirmou David Barros.


Também estiveram presentes à reunião de hoje o diretor técnico da Corsan, Eduardo Carvalho, membros da Cipa e colegas trabalhadores no Sitel.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Acordo Coletivo:Diretor da Corsan quer concluir negociação em até 30 dias

Na tarde desta sexta-feira, 22/05 – após quase dois meses da entrega do rol de reivindicações do SINDIÁGUA – a direção da Corsan recebeu representantes de todos os sindicatos atuantes dentro da companhia para a primeira reunião de negociação do Acordo Coletivo 2009-2010. O diretor administrativo-financeiro da Corsan Júlio Martinez afirmou que pretende concluir a negociação com os trabalhadores num período de 30 dias.

Por aprovação da maioria dos representantes de entidades presentes à reunião, ficou definido que as demandas comuns, que podem ser renovadas consensualmente pelas partes envolvidas, serão tratadas no início do processo, para dar mais espaço de discussão às cláusulas específicas


Assepsia na empresa

Em sua manifestação, o presidente do SINDIÁGUA, Rui Porto, lembrou a necessidade de uma verdadeira “assepsia” em vários setores da Corsan, que impedem o melhor desempenho da empresa. Também criticou a falta de instrumentos e peças básicas de trabalho em muitas unidades, causando terceirizações localizadas que seriam desnecessárias.

Além de Rui, o SINDIÁGUA esteve representando pela diretora Eloísa Quines e pela comissão de trabalhadores eleita na última assembléia geral, composta pelos colegas Luiz Henrique Feijó (Sede), Ubiratan Cunha Guilherme (Taquara), Alexsander Pacico (Bento Gonçalves) e Elisabet Gruber (Alvorada).

Próxima reunião

A próxima reunião de negociação ficou marcada para quinta-feira da semana que vem, dia 28/05, às 15h. O encontro será realizado no mesmo local da reunião de hoje, na SUMOP, na avenida Washington Luiz, no Centro de Porto Alegre. As demais reuniões devem acontecer nas sedes dos sindicatos representados na Corsan.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Santa Rosa - Renovação do Contrato de Programa a um passo da concretização

Cerca de mil cidadãs e cidadãos representantes de todos os segmentos sociais, partidos políticos e movimento sindical, lotaram as dependências do Centro Cultural de Santa Rosa, para a audiência pública autorizativa para renovação do Contrato de Programa entre o município e a Corsan. O evento que teve início por volta de 19h30 de terça-feira (19/05) estendeu-se até quase meia-noite. Após a explanação do resumo da negociação feita pelo prefeito Orlando Desconsi e complementada no seu aspecto técnico pelo nosso colega Finamor, foram abertas três rodadas de cinco inscrições para perguntas e manifestações da plenária. Ao final das discussões os presentes aprovaram por unanimidade a autorização para que o prefeito encaminhe a proposta à Câmara de Vereadores para deliberação, conforme determina a legislação.


A história

Ainda na legislatura anterior havia em Santa Rosa uma forte discussão em torno da privatização dos serviços, por iniciativa do então prefeito Vicini, apoiado por importante representação no Legislativo. O Sindiágua, juntamente ao movimento sindical local, passou a atuar com força no município. Foram diversos debates com os vereadores e com o Executivo. Fizemos campanha na mídia local visando a preservação da água pública e da continuidade da prestação dos serviços pela Corsan. Neste intervalo aconteceram eleições que mudaram o panorama político local sendo que a nova administração passou a negociar intensamente com a Direção da Corsan visando o atendimento das demandas de Santa Rosa.


Ao cabo de meses de negociações, a proposta apresentada e aprovada pela população na noite de ontem, representa na visão do presidente do Sindiágua, Rui Porto, “o consenso possível entre os múltiplos e por vezes divergentes interesses entre as forças políticas envolvidas no processo, que de um lado possibilita a continuidade e fortalecimento da Corsan como empresa pública atuando no município e, de outro, o atendimento dos anseios mais prementes da cidadania de Santa Rosa”.

Cabe destacar o esforço da equipe da Corsan, em especial do presidente Mário Freitas e do colega Finamor, pela atuação no convencimento dos vereadores da bancada, hoje de oposição, que no passado estavam do lado da Corsan pública e que, na derradeira hora posicionaram-se contra a renovação do contrato, alegando que a tarifa de esgotos iria onerar demasiadamente a população de baixa renda do município. O movimento sindical e as forças políticas interessadas na renovação se mobilizaram, os debates se acirraram, mas graças ao esforço coletivo e a sensibilidade das partes envolvidas na negociação, restou o compromisso público, assumido na audiência, da aprovação do projeto quando de sua apresentação ao Legislativo.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Mobilização: Fórum em Defesa dos Serviços Públicos pede impeachment da governadora

O Fórum dos Servidores em Defesa dos Serviços e do Patrimônio Público do RS, do qual o SINDIÁGUA faz parte, junto com mais nove entidades, está convocando uma entrevista coletiva à imprensa, amanhã, 12/05, na sede do Cpers/Sindicato, em Porto Alegre, às 10h. Os sindicalistas e representantes dos órgãos públicos do RS consideram que o acúmulo de denúncias e de suspeitas incriminando o governo Yeda Crusius chegou ao limite, com perda de legitimidade da governadora, e por isso pretendem reafirmar o pedido de impeachment de Yeda.


Marcha

Na quinta-feira, 14/05, por iniciativa do Fórum, haverá uma marcha reunindo servidores públicos e movimentos sociais. A caminhada parte da sede do Cpers/Sindicato, na avenida Alberto Bins, segue pelo centro da cidade, passa na frente do Ministério Público Estadual, na Praça da Matriz, e termina com um ato político em frente ao Palácio Piratini. Além do SINDIÁGUA, o Fórum tem a participação da Federação dos Bancários/RS, Cpers/Sindicato, Ugeirm, Semapi e outras entidades de servidores.

11/05/2009