Paulo Graxa e o dono do veículo conseguiram se manter equilibrados precariamente em cima da cabine do caminhão até por volta das 13h de ontem.
Enquanto isso, das margens a situação dramática foi assistida por moradores das redondezas, colegas, familiares desesperados e pelos bombeiros da região, que esperavam a redução das chuvas ou a chegada de equipes de Porto Alegre, com barco, para tentar o resgate. Mas no início da tarde, com o aumento do nível da água, o caminhão e os dois homens foram levados pela enxurrada. Um bombeiro que procurou chegar próximo ao caminhão, para tentar o salvamento, foi levado pelas águas e teve que ser resgatado por outros colegas.
Esperança
Até o momento nem o veículo nem Paulo e o amigo que lhe dava carona foram encontrados. O diretor do SINDIÁGUA na região Nordeste (Serra), Carlos Eduardo Neumann Passos, diz que ainda existe a esperança de que os dois possam estar a salvos. Ele lembra que Paulo Graxa era conhecido por cumprir rigorosamente os compromissos e insistir em ir trabalhar, mesmo em condições adversas e de risco, como aconteceu no domingo. Paulo, de 48 anos, é casado, tem filhos e netos.