DEFESA DA ÁGUA PÚBLICA FOI O TEMA DA 32ª ROMARIA DA TERRA

Inspirada no tema “Água, sangue da Terra”, aconteceu na terça-feira, 24/02, em Sapucaia do Sul, a 32ª Romaria da Terra, que teve forte participação do SINDIÁGUA. Promovido pela Comissão Pastoral da Terra, CNBB e Vicariato de Canoas, o evento reuniu 10 mil pessoas, que fizeram uma reflexão sobre a questão da água e os riscos que hoje ameaçam este bem precioso à toda a vida no planeta, e que não pode ter dono. Neste sentido, um dos textos base para a reflexão dos participantes foi “Água: sangue da Terra”, de autoria do presidente do Sindicato, Rui Porto.

Crime ambiental
Durante a Romaria, que deslocou-se da Igreja Sagrada Família até o bairro Pesqueiro, às margens do Rio dos Sinos, foi destacado o enorme dano ambiental e a mortandade de quase 100 mil toneladas de peixes naquele manancial, em conseqüência da poluição e do crime ambiental provocados por despejos irregulares da empresa Utresa, em fins de 2006.

Vários diretores e funcionários do SINDIÁGUA participaram da manifestação, que aconteceu sob forte calor da Quarta-Feira de Cinzas. Também estiveram presentes muitas outras entidades e sindicatos de trabalhadores e movimentos populares. O SINDIÁGUA já havia participado no ano passado do Seminário preparatório à esta Romaria.

Alerta contra a privatização
Ao final do encontro, que uniu fé e consciência ambiental e política, ficam soando nos ouvidos dos participantes o alerta do padre Rudimar Dal Asto, repetida por várias vezes pelo carro de som: “Este bem é um direito de todos. Devemos lutar contra a privatização da água, pois futuramente, ela valerá mais do que pedras preciosas”.

Litoral - CORRIDA TRAZ VISIBILIDADE À LUTA PELA ÁGUA PÚBLICA

Aconteceu neste sábado, 21/02, a 1ª CORRIDA PELA ÁGUA PÚBLICA em Capão da Canoa, programação que estava incluída no cronograma da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para o Litoral, nesta temporada. Salientamos que o evento foi um sucesso - tivemos 113 inscritos para a corrida, de todas as cidades do RS. O evento trouxe maior visibilidade à luta pela água como bem público, e coletamos muitas assinaturas para a nossa PEC, em defesa da água como bem que não pode ser privatizado. Não podemos deixar de mencionar os colegas que participaram da corrida no evento: Aron Paulo dos Anjos, Alberto Pagliarini, José Luiz Vargas. E representando o lado feminino, a Ana Lúcia Cruz. Tivemos também familiares e filhos de colegas na corrida, como a Giulia Pereira Faccin, de 14 anos, filha da colega Loiraci de Capão da Canoa. Ainda estiveram presentes ao evento os engenheiros Finamor, representando o Senge/RS, e Jorge Arbello, representando a Aeco; colegas da Corsan em defesa da ÁGUA COMO UM BEM PÚBLICO. Apoio à água pública Diversas autoridades do município de Capão da Canoa também se fizeram presentes ao ato. Agradecemos inclusive à Prefeitura Municipal de Capão pelo apoio desde o início da programação de Verão da PEC, e também a Rádio Horizonte AM e a Rádio Web g33.com.br, e as igrejas que estiveram ao nosso lado e continuarão na luta pela água pública. A Corsan forneceu a água para matar a sede de todos os presentes, o Senge contribuiu com as camisetas aos participantes, e os troféus e medalhas foram oferecidos pelo SINDIÁGUA e Ascorsan. Vencedores da Corrida Nome - colocação – categoria – cidade: William Clesa - 1º lugar - Menos de 15 anos M - Capão da Canoa Andressa Bastos - 1º lugar - Menos de 15 anos F - Capão da Canoa Vanderlei Zanotto – 1º - Livre Masculino - Veranópolis Sady Júnior – 2º - Livre Masculino - Canoas Renata Pansera – 1º - Livre Feminino - Canoas Márcia dos Santos - 2º - Livre Feminino - São Leopoldo Eduardo Chini - 1º - Acima 40 Masc. - São Leopoldo Aron dos Anjos - 2º - Acima 40 Masc. - Capão da Canoa Ana Lúcia - 1º - Acima 40 Feminino - Viamão Neiva Lima - 2º- Acima 40 Feminino - Canoas Darci Selistre * - Atleta mais idoso – 74 anos - Canoas João Martins * - Atleta mais jovem – 08 anos - Capão da Canoa *que completaram a prova. Lembramos ainda que todos os participantes levaram uma medalha de participação com o texto: ''Água... é um bem de todos, não pode ter dono!" Trabalho relevante Ainda queremos agradecer, pelo trabalho relevante, aos delegados sindicais e colegas que se deslocaram de todos os cantos do estado para o Litoral, na coleta de assinaturas e defesa de seus empregos, salientando os da região das Missões. Coleta de assinaturas Reforçamos aos colegas de todas as unidades que a coleta de assinaturas continua - e sempre lembrando que se cada funcionário da Corsan coletasse 20 assinaturas, teríamos mais de 80 mil, sem sair de casa.

A ROMARIA DA TERRA E A DEFESA DA ÁGUA

Na terça de carnaval, dia 24/02, a direção do SINDIÁGUA estará participando em Sapucaia do Sul, da 32ª Romaria da Terra - que este ano tem como tema “Água: Sangue da Terra”. Além de participarmos por ser um assunto importante que atinge a todos os gaúchos e gaúchas, e também termos, como direção sindical, a ideologia da água pública e para todos, aproveitaremos o grande número de pessoas que ano após ano participam do evento para coletar assinaturas para a nossa PEC.

Por isso estamos convidando a todos os colegas para que participem desta importante iniciativa. Tem tudo a ver com o nosso trabalho, com a luta pela manutenção dos nossos empregos e também com a defesa que precisamos fazer deste bem precioso à vida. O Sindiágua já participou do Seminário de Preparação desta Romaria, ano passado (veja a foto), e estará presente ao evento do dia 24. Nossa presença também irá contribuir para divulgar a um maior número de pessoas os riscos que hoje está correndo o acesso da população gaúcha à água, que é um bem de todos e não pode ter dono.

Informações e inscrições

A Romaria da Terra é promovida pelo Vicariato de Canoas, a CNBB Sul 3 e Comissão Pastoral da Terra/RS. Terezinha Sallet Ruzzarin, da Coordenação desta 32ª Edição da Romaria, afirma que a iniciativa “reúne fé e vida, e se tornou um espaço de comunhão, partilha e celebração”. Este ano, a Romaria da Terra será realizada no Bairro Carioca (Pesqueiro), às margens do Rio dos Sinos, em Sapucaia do Sul, a partir das 10h.Maiores informações e inscrições pelo fone/fax (51) 3344-4415 ou pelo e-mail: cptrs@portoweb.com.br

Litoral - ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA A 1ª CORRIDA PELA ÁGUA PÚBLICA

Conscientes da necessidade de chamar a atenção da população para a defesa da água como um bem público que não pode ser privatizado, o SINDIÁGUA e a Ascorsan estão promovendo a 1ª Corrida pela Água Pública neste próximo sábado (dia 21/02) às 10h, em frente ao Baronda, em Capão da Canoa. O evento, que conta com o apoio da Prefeitura Municipal daquele município litorâneo, da Aeco/Senge, da Corsan e da Rádio Horizonte 1310 AM, tem inscrições gratuitas. “O primeiro, o segundo e o terceiro colocados de cada categoria terão premiação, assim como o atleta mais idoso e o mais jovem que participarem da corrida”, explica o diretor da Regional Litoral do Sindicato, Arilson Wünsch. Também receberão o Prêmio de Participação os 100 primeiros competidores que cruzarem a linha de chegada. Assinaturas para a PEC Durante o evento, ocorrerá a coleta de assinaturas para a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), encabeçada pelo SINDIÁGUA, que se for aprovada pela Assembléia Legislativa impedirá a privatização de água e dos serviços de saneamento no Rio Grande do Sul. Afinal, a água é um bem natural ao qual toda a população deve ter acesso: “Ela não pode ser tratada como um fator de lucro, como quer a privatização”, lembra Arilson. Inscrições As inscrições para a Corrida pela Água Pública – constando nome, idade e o RG do participante - podem ser feitas nos seguintes locais em Capão: Corsan Capão da Canoa – Av. Paraguassu, 2727; Rádio Horizonte www.radiohorizonte.com.br – Beira Mar, ao lado do Baronda Ou ainda pelos seguintes endereços eletrônicos: sindiagua@terra.com.br; sindiaguaregionallitoral@hotmail.com

Luta Sindical - SINDIÁGUA NO FÓRUM DOS SERVIDORES PÚBLICOS

O SINDIÁGUA se fez presente no dia de ontem, 12/02, no Fórum dos Servidores Públicos, no Parque da Harmonia, em Porto Alegre. Convocado para uma grande reunião dos sindicatos das categorias de servidores estaduais, que têm as mesmas lutas dos trabalhadores da Corsan, nosso Sindicato esteve representado pelo diretor David Barros. A mesa foi composta pelas lideranças de outras instituições sindicais, como UGEIRM (Polícia Civil), SEMAPI (trabalhadores da CIENTEC, FASE, EMATER, etc), SINDICAIXA, FEDERAÇÃO DOS BANCÁRIOS, CPERS/SINDICATO, SINDJUS e outros representantes. União é fundamental Em sua fala, o diretor do SINDIÁGUA deixou claro aos mais de 800 trabalhadores presentes, sem deixar de elogiar a iniciativa dos sindicatos presentes, “que só através da união das categorias poderá se chegar a uma vitória contra os desmandos do governo estadual”. David Barros acrescentou: “O saneamento está sendo sucateado, prejudicando a saúde das pessoas, como preparação para a venda do bem público através da privatização da Corsan, capitaneada pela Odebrecht e as multinacionais, assim como já ocorreu em Uruguaiana, onde o prefeito, num primeiro round, conseguiu a anuência da Câmara de Vereadores daquela cidade”. No seu rápido relato, David Barros lembrou ainda as más condições de trabalho a que são submetidos os trabalhadores da Corsan, sem veículos apropriados e conservados, bem como a falta de material de trabalho em geral. Panfletagem Após as falas dos presentes, todos foram até a Esquina Democrática, no centro da cidade, e panfletearam à população que passava, denunciando as más condições dos serviços públicos causados pelo desmonte na atual política do governo. SINDIÁGUA na luta Os trabalhadores, representados pelo SINDIÁGUA, estão cientes de que a alternativa para obter conquistas é através da luta conjunta - e por isso a nossa participação no Fórum de Servidores Públicos (ver reprodução do cartaz acima), bem como na campanha de alerta ao povo gaúcho, de que o atual governo só tem como meta a destruição dos serviços prestados à população. Essa destruição se dá através do sucateamento das empresas públicas, dos serviços públicos, da não investigação dos atos irregulares dentro das esferas de governo. Auxiliada pela mídia conservadora, que não quer perder os caros anúncios em seus jornais, prosseguem o encobertamento da realidade, como por exemplo, a falácia do “déficit zero”, obtido às custas de empréstimo no exterior em dólar, ao mesmo tempo que o governo estadual não paga salários dignos aos trabalhadores da segurança, educação, saúde, e outros serviços públicos.

Abuso - VEÍCULO DA CORSAN PASSA O FIM DE SEMANA NO CENTRO DE PORTO ALEGRE

Um veículo da Corsan, de placas IJU-2051, foi visto estacionado à rua Riachuelo, em Porto Alegre, neste fim de semana, por um morador do interior do estado. Consciente de que a capital é abastecida pelo DMAE, o cidadão entrou em contato com o SINDIÁGUA e questionou: o que um veículo de uma empresa pública com atuação apenas em cidades do interior, faz durante um fim de semana em Porto Alegre? Ele não deveria estar recolhido a uma garagem da companhia? Assim como o cidadão que fez a denúncia, também o Sindicato aguarda uma resposta do setor responsável.

O mesmo cidadão observou ainda que, ao viajar pelo interior, sempre depara com veículos da Corsan em péssimas condições de conservação e segurança, mesmo assim sendo utilizados pelos colegas para execução dos serviços necessários. Enquanto isso, o Sindicato não pára de receber informações de que muitos veículos também são utilizados irregularmente por algumas chefias, em cidades abastecidas pela Corsan, circulando em locais alheios às atividades da companhia.

ENCONTRO DE REGIONAIS DISCUTE CRISE MUNDIAL E REFLEXOS SOBRE A CORSAN

Reunindo cerca de 80% dos delegados das regionais Litoral e Metropolitana, mais a Comissão de Mulheres e os Diretores do SINDIÁGUA, o Encontro de Formação realizado durante a manhã e a tarde desta sexta-feira (06), na sede do Sindicato, trouxe um enriquecimento da conscientização dos colegas. Através de uma análise da conjuntura mundial e a atual crise do capitalismo e como isso termina se refletindo no dia a dia dos trabalhadores da Corsan, lá na ponta, as atividades buscaram aprofundar o debate e as estratégicas de todos os trabalhadores. Sempre visando a defesa de causas como a Corsan pública, a defesa da água como patrimônio da humanidade, que não pode ser privatizada, e a manutenção de nossos empregos. Houve atividades de dinâmica grupal, uma apresentação com a “Visão Sindical sobre a Corsan”, projeção laboral artística, reflexão em grupo e interpretação de textos esclarecedores. “O Encontro está sendo muito rico e informativo”, avaliou o diretor da Regional Litoral do SINDIÁGUA, Arilson Wünsch, “mas é importante que estes conhecimentos que aqui adquirimos não fiquem apenas para cada um de nós, mas que sejam repassados às nossas bases, em nossos locais de trabalho, socializando estas análises e informações”, destacou ele. Arilson e as diretoras Vera Alves e Eloísa Quines (também responsáveis pela Regional Metropolitana, com o secretário-geral Leandro Almeida), organizaram os trabalhos, que contou com a colaboração da pedagoga e especialista em formação sindical Mara Pohlmann. Governos privatistas O presidente Rui Porto, ainda na parte da manhã, realizou um apanhado histórico da Crise de 1929, da formação dos grandes conglomerados industriais e da organização sindical. Sobre os dias atuais, citou os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, que têm governos com viés privatista: “Estes governos estaduais procuram manter exatamente este mesmo modelo econômico, neoliberal, que acabou levando todos os países à enorme crise mundial que estamos atravessando”, destacou Rui. O presidente do Sindicato também lembrou que uma parte da categoria não queria acreditar nos riscos de privatização sobre a Corsan – e que agora, com a aprovação de licitação pública para os serviços de água em saneamento em Uruguaiana, acendeu-se a luz vermelha, mostrando que esta é uma realidade muito próxima e que pode se alastrar. “É fundamental que cada trabalhador e trabalhadora, dentro da Corsan, saiba que existe sim um risco aos nossos empregos, e que não é mais possível ficar de braços cruzados”, afirmou. Os colegas participantes do encontro foram divididos em grupos, que trabalharam sobre textos e elaboraram sínteses, para apresentação ao coletivo. Na apresentação dos trabalhos, foi muito citada a necessidade de ser amplamente fortalecida a coleta de assinaturas para a PEC, uma das principais alternativas para barrar a ameaça privatista. Novos encontros regionais Novos encontros regionais do Sindicato, reunindo delegados, comissão de mulheres e diretores, estão previstos para as seguintes datas: Dia 17/02 – Regional Noroeste (Santo Ângelo) Dia 19/02 - Regional Serra (Bento Gonçalves) Ainda está sendo agendado o encontro da Regional Sul, sendo que as demais já realizaram estas atividades. Corrida pela Água No dia 21 deste mês, acontecerá ainda a Corrida pela Água, em defesa da água como bem público indisponível à privatização. O evento, organizado pelo SINDIÁGUA, ocorrerá em Capão da Canoa, com o apoio da Prefeitura Municipal. Assédio Moral e perseguição No próximo dia 12, a pedido do Ministério Público do Trabalho de Passo Fundo, o secretário geral do Sindiágua, Leandro Almeida, juntamente com o assessor jurídico do Sindicato, Maurício Pedrassani, terá uma reunião naquela cidade, pela manhã, para tratar do cumprimento do TAC assinado pela Corsan sobre os casos de assédio moral. Por isso, é importante que outros colegas que sofram assédio moral ou qualquer tipo de perseguição na Corsan, entrem em contato com Leandro, no Sindicato, até a tarde de quarta-feira, dia 11, apresentando documentação, para que o caso seja analisado com o Ministério Público. Veículo 1 Há informações de que o veículo colocado à disposição da chefia de Bento Gonçalves estaria sendo utilizado para fins pessoais, mesmo durante as férias. Em certa oportunidade ele teria dito que utiliza o veículo pago com dinheiro público desta maneira por que “alguém” o autoriza. Com a palavra o chefe da US e o tal “alguém”. Veículo 2 Também recebemos a denúncia de que o veículo locado, placa INJ6970, a serviço da empresa - que circula sem o logotipo - teria sido visto trafegando por locais alheios ao ambiente e às finalidades da Corsan. Por enquanto é só um alerta. Que prevaleça o bom senso. Do contrário tomaremos medidas mais enérgicas. Sugestão do SINDIÁGUA Por que a direção da Corsan não recolhe um destes veículos e manda para Trindade do Sul, para acabar com aquela pouca vergonha, que expõe o nome da nossa empresa ao ridículo perante a opinião pública? As fotos do que a gestão Corsan chama de veículo de Trindade do Sul estão neste site, abaixo.

Uruguaiana - ESTÁ ACESO O ALERTA VERMELHO

Não é exagero dizer que o acolhimento pela Câmara de Vereadores de Uruguaiana do projeto de lei enviado pelo prefeito Sanchotene Felice, que viabiliza a abertura de licitação pública para os serviços de água e esgoto no município, vitorioso por 9 votos a 2, acende um alerta vermelho para todos nós que lutamos pela água como bem público, pela Corsan e pela manutenção de nossos empregos. Insatisfação do prefeito Relembrando os fatos: desde seu primeiro mandato, o prefeito local deixou claro estar insatisfeito com a manutenção do contrato com a Corsan. Neste período, somente o SINDIÁGUA participou de quatro audiências públicas naquele importante município da Fronteira Oeste, e outras tantas conversas com vereadores, com lideranças comunitárias e com o próprio prefeito. Sempre visando um contrato de gestão pelo qual a Corsan atendesse as reais necessidades do município. Após muitas reuniões dos diretores e delegados do Sindicato com lideranças locais e com os vereadores, surgiu na própria comunidade uruguaianense um Movimento pela Água Pública. Além disso, o SINDIÁGUA – com os recursos da categoria – bancou uma campanha de esclarecimento nas emissoras de rádio locais, sempre na defesa da água como bem público. A melhor proposta Em setembro de 2008, a direção da Corsan apresentou proposta ao prefeito Felice que provavelmente tenha sido a melhor já apresentada a algum município atendido pela companhia: a Corsan deixaria em Uruguaiana 5% de sua receita, e mais 100% de todas as tarifas de esgoto, até que se atingisse cem por cento de esgotamento sanitário no município (o índice hoje é de 24%). Nem assim houve acolhida da parte do prefeito. Escondendo o jogo Do resultado da votação realizada ontem (04/02 – numa sessão extraordinária no meio do recesso parlamentar), depreende-se que o prefeito não havia relatado esta proposta sequer aos vereadores de sua própria base. Quando nós da direção do Sindicato conversamos com estes vereadores, buscando convencê-los a adiar a votação para esclarecermos melhor a sociedade sobre o assunto, todos disseram que desconheciam a proposta (protocolada em setembro do ano passado), chegando a pedir cópias do documento. Ficou claro que eles desconheciam o conteúdo da discussão, e só votavam daquele modo porque o prefeito queria. Aventura perigosa Durante a sessão, nas intervenções feitas pelo SINDIÁGUA, pelos representantes da Corsan e da Eeco/Senge, fomos todos enfáticos em demonstrar que o prefeito estava embarcando numa aventura perigosa, e expondo toda a população à uma situação de futuro caos no sistema. Incongruências O Plano de Saneamento de Uruguaiana, ao qual o contrato com a vencedora da licitação deverá se submeter, prevê a necessidade de uma arrecadação mensal superior a R$ 3,3 milhões (enquanto a Corsan – descontados o PIS/Cofins e uma inadimplência de 10% - arrecada cerca de R$1,4 milhão). Portanto, o próprio Plano de Saneamento municipal, que deve ser seguido à risca, já prevê a necessidade da empresa que explorar o serviço obter uma receita quase três vezes superior à atual. Vale dizer: se o serviço for privatizado em Uruguaiana, para que o Plano seja executado, as tarifas deverão ser triplamente aumentadas para a população. Outra condição é que a empresa vencedora da licitação pratique tarifas cujo valor não ultrapassar 90% dos valores hoje praticados pela Corsan. É uma conta que não fecha, pois como a empresa vai faturar 10% a menos nas tarifas se no total precisa obter uma receita três vezes maior? Contra a Corsan Outro ponto que merece atenção: o projeto de lei enviado pelo prefeito para debate na Câmara, continha cláusula que impedia de participar da licitação empresas ou órgãos estatais alheios ao município que tivessem qualquer tipo de subsídio. Como a Corsan se enquadra neste perfil e é isenta de ICM, estaria automaticamente impedida de participar... Só faltava estar escrito: todos podem participar, menos a Corsan! Empresa de fora Ao longo da sessão extraordinária na Câmara – que no total durou quase 14 horas, das 9 às 23h – nosso esforço foi para demonstrar todo este quadro. Um quadro que não foi construído pela Corsan ou pelo Sindicato, e sim pela empresa de fora do estado contratada para elaborar o Plano de Saneamento do município. Aliás, a mesma que elaborou os planos de Itaqui, São Borja e Santa Rosa. Em função de tudo o que demonstramos e da preocupação dos vereadores ao conhecerem dados irrefutáveis, o próprio prefeito Sanchotene Felice foi à Câmara, à tarde, para negociar com seus parlamentares. Emendas As bancadas do PMDB, que é oposição ao governo municipal, e do PT, adotaram a estratégia de propor emendas ao projeto do executivo, para minimizar os impactos que a cidade sofreria, se fosse mantido o texto original do prefeito e vencesse uma empresa privada. Foram mais de 12 emendas, com destaque para a que obrigava a vencedora a implementar o saneamento básico também na área rural de Uruguaiana; para outra que buscavam ampliar o atendimento social; e para uma especialmente importante: ela suprimia o artigo do projeto de lei que vetava a participação da Corsan. Para surpresa de todos – vereadores e público presente – chegou já no início da noite a informação que o prefeito havia conseguido uma liminar de ação direta de inconstitucionalidade contra a Lei Orgânica de Uruguaiana, onde um dos artigos questionados era o que impunha a necessidade de autorização do legislativo para a concessão de serviços de saneamento. Liminar na gaveta Em outras palavras: todo o trabalho do SINDIÁGUA, da Corsan e dos próprios vereadores que haviam emendado o projeto, havia se tornado sem sentido, desvalorizado. E o prefeito, ao enviar o PL à Câmara, já tinha na gaveta de sua mesa a tal liminar – e tinha omitido essa informação até de sua base de apoio. Todas as emendas apresentadas – e previamente apresentadas ao prefeito, na reunião emergencial que realizou à tarde – foram aprovadas em plenário. Acontece que o projeto de lei com o resultado da votação deve retornar ao executivo. E este provavelmente irá vetar todos os artigos que limitem a ação da empresa que vencer a licitação. Se isso ocorrer, o PL voltará à Câmara, para apreciação dos vetos. Não é preciso ser adivinho para saber qual será o resultado. Lamentavelmente, na hora de votação, só um dos três vereadores do PMDB votou contra o projeto como um todo. Os outros dois votaram favoravelmente ao prefeito. Se tivesse sido diferente (3 votos do PMDB mais um do PT), teríamos alcançado os quatro votos necessários para derrubar o PL – pois a aprovação, neste caso, deveria ter quórum qualificado, de 2/3 dos vereadores. Cartas marcadas De tudo isso, se percebe que o prefeito estava com toda a situação sob controle, tanto por ter maioria de votos quanto pelo respaldo da liminar. Vivenciamos todos um ambiente de circo, e um jogo de cartas marcadas. Batalha judicial Mas este é só o primeiro round da luta, pois agora deve começar uma batalha jurídica: primeiro, porque os valores estabelecidos pelo Plano de Saneamento, no tocante à indenização dos próprios da Corsan, conforme legislação, estão muito abaixo dos valores efetivamente investidos em Uruguaiana. E depois, porque embora o contrato tenha sido denunciado, o município tem um contrato de esgotamento sanitário em vigor até 2023. Assim, em tese, o município não pode conceder este serviço à outra empresa. O que provavelmente demandará alguns anos de discussão no Judiciário. Cabeça fria Portanto, nossos colegas que atuam em Uruguaiana não precisam entrar em pânico, já tentando se desfazer de suas moradias e encarar outros transtornos, como o deslocamento para outros municípios. Simbolismo político O que nos preocupa em especial, aqui no Sindicato, é o que simboliza politicamente o resultado desta votação em Uruguaiana. Situações semelhantes podem proliferar ou ganhar corpo naqueles municípios onde os contratos ainda não foram renovados. Avaliação necessária Na avaliação do presidente do SINDIÁGUA, Rui Porto, é necessário que todos nós - trabalhadores e direção da Corsan - repensemos o que levou à esta situação. Os diretores da companhia devem refletir sobre a importância fundamental de proporcionar as condições necessárias para que os trabalhadores na ponta possam prestar um serviço qualificado à população.Não dá para aceitar que, de um lado, haja um lucro anunciado pela empresa superior a R$ 200 milhões; e de outro, falta equipamentos e peças básicas para execução do nosso trabalho. Grito de alerta Quanto aos trabalhadores, o resultado desta votação deve servir como um grito de alerta para os que se acomodaram ao longo dos anos, achando que isso nunca iria acontecer, que era só alarde. Reforçar a PEC Agora há um fato concreto que rompe com esse tipo de pensamento. Está aí um bom motivo para que os colegas se empenhem ainda mais na coleta de assinaturas da nossa PEC, que é um dos mais importantes instrumentos para garantir a continuidade de água como bem público e a manutenção dos nossos empregos.

DESCASO EM TRINDADE DO SUL

Ano Passado, na Assembléia Geral, o SINDIÁGUA denunciou as mas condições dos veículos. Parece que não adiantou. Na US 295 de Trindade do Sul o mesmo fusca 1978 esta definitivamente sem condições de trafegar( só olhar as fotos), mas continuam insistindo em reformar (soldar) o mesmo. Semana Passada o assoalho caiu por inteiro, portanto a solda não vai adiantar. A US que tem aproximadamente 1.200 economias e 15 km de extensão de rede, hoje consta no papel com a lotação de dois funcionários, mas na realidade faz anos que só tem um, em razão de um dos servidores estar em LSI até set/2010, mas não tem mais condições de retornar ao trabalho. Na cidade estão fazendo um abaixo assinado para retirar o referido veículo de circulação, entregando uma cópia ao prefeito para entregar ao presidente da Corsan e uma via ao Promotor Público.

SINDIÁGUA DEFENDE A CORSAN EM GARIBALDI

Garibaldi

Seguindo a linha de trabalho que estamos implementando em todo o estado, estivemos em contato com o prefeito de Garibaldi. Nesta quinta 22/01, em uma conversa muito boa com o novo prefeito e seu vice, expomos todas as vantagens do município em caso de um novo contrato de programas. O prefeito se mostrou aberto ao diálogo e disse que quer se reunir mais vezes com o sindicato para que ele tenha subsídios e tomar a melhor decisão possível. Alguns entraves O prefeito esteve naquele seminário de São Lourenço do Sul, onde se passou o dia falando de municipalização. Ele sairá em comitiva de alguns prefeitos participantes do referido seminário, até cidades onde o sistema é municipal, tanto aqui no estado como em Santa Catarina. A Câmara de Comércio e Indústria da cidade está pressionando para que seja municipalizado o saneamento de Garibaldi. Responsabilidades De quem é a responsabilidade ou culpa, por estarmos enfrentando problemas com a opinião pública também neste importante município da Serra Gaúcha? Os funcionários fazem o que podem. Mas a falta de condições de trabalho. Veículos velhos e quase sem condições. Os colegas têm que escolher as ruas para andar de caminhão agrale, em certas ruas de subida muito íngreme não adianta nem tentar que o caminhão não sobe. A falta de pessoal é outro fator que contribui para o descontentamento de setores da sociedade com o nosso serviço. 100% do efetivo Na reunião que tivemos com o prefeito, contamos com a presença de todo o efetivo do setor administrativo da US. Estava conosco o chefe da Unidade. Isto mesmo! Em Garibaldi com quase dez mil economias, o escritório é atendido apenas pelo gerente. Para amenizar um pouco a situação, está lá no escritório um colega da sede que auxilia o chefe. Colegas de rede se aposentando, restando poucos para a execução das tarefas. Durante o horário de almoço fizemos uma reunião de base com os colegas. A preocupação com a possibilidade de uma não renovação de contrato foi a tônica das conversas, também a falta de condições de trabalho e de pessoal. Aliás, vai o nosso reconhecimento aos colegas de Garibaldi, que a exemplo de tantas outras Unidades se desdobram para conseguir manter o nome corsan na cidade e também ao Chefe da US, que faz verdadeiro milagre e consegue atender o usuário, fazer todo o serviço administrativo e ainda fazer relações públicas do interesse da corsan. Aposentado Na reunião com o prefeito, tivemos também o apoio do colega ex-chefe da US aposentado Arlindo Passos. Trabalho que deve ser reconhecido, pois em muitos lugares colegas jogam contra o patrimônio e passam para o outro lado na esperança de pegar algum cargo em uma possível autarquia municipal