Inspirada no tema “Água, sangue da Terra”, aconteceu na terça-feira, 24/02, em Sapucaia do Sul, a 32ª Romaria da Terra, que teve forte participação do SINDIÁGUA. Promovido pela Comissão Pastoral da Terra, CNBB e Vicariato de Canoas, o evento reuniu 10 mil pessoas, que fizeram uma reflexão sobre a questão da água e os riscos que hoje ameaçam este bem precioso à toda a vida no planeta, e que não pode ter dono. Neste sentido, um dos textos base para a reflexão dos participantes foi “Água: sangue da Terra”, de autoria do presidente do Sindicato, Rui Porto.
Crime ambiental
Durante a Romaria, que deslocou-se da Igreja Sagrada Família até o bairro Pesqueiro, às margens do Rio dos Sinos, foi destacado o enorme dano ambiental e a mortandade de quase 100 mil toneladas de peixes naquele manancial, em conseqüência da poluição e do crime ambiental provocados por despejos irregulares da empresa Utresa, em fins de 2006.
Vários diretores e funcionários do SINDIÁGUA participaram da manifestação, que aconteceu sob forte calor da Quarta-Feira de Cinzas. Também estiveram presentes muitas outras entidades e sindicatos de trabalhadores e movimentos populares. O SINDIÁGUA já havia participado no ano passado do Seminário preparatório à esta Romaria.
Alerta contra a privatização
Ao final do encontro, que uniu fé e consciência ambiental e política, ficam soando nos ouvidos dos participantes o alerta do padre Rudimar Dal Asto, repetida por várias vezes pelo carro de som: “Este bem é um direito de todos. Devemos lutar contra a privatização da água, pois futuramente, ela valerá mais do que pedras preciosas”.