quinta-feira, 30 de abril de 2009

Primeiro de Maio, comemoração e luta

A próxima sexta-feira, 1º de maio, marca o Dia do Trabalhador, uma data especial para milhões de homens e mulheres no mundo todo. Ao mesmo tempo em que celebra o valor e a importância dos trabalhadores, esta data relembra também a longa jornada de lutas, desde o século XIX, para que a maioria das pessoas, atualmente, possa gozar de férias remuneradas, descanso semanal, licença-maternidade, 13º salário e outros direitos trabalhistas, hoje corriqueiros. Ainda assim, a data continua sendo fundamentalmente um alerta para a luta, pois seguimos ameaçados pelo espectro da privatização, do desemprego e, em muitos casos, pela flexibilização (retirada) dos direitos trabalhistas, agora usando como pretexto a crise financeira mundial. Em nosso estado, estes problemas são ainda mais concretos, pois obedecem ao ideário neoliberal do governo Yeda Crusius.

Coleta pela PEC

Para nós, trabalhadores no saneamento público, mais que um feriado nacional o 1º de Maio deve representar um período de reflexão sobre as ameaças que pairam sobre a Corsan e sobre os serviços públicos do RS, que vêm sendo sucateados, com o objetivo de terminarem nas mãos da iniciativa privada. Especificamente para nós, este Dia do Trabalhador pode ser uma data adequada para a coleta de mais assinaturas a favor da PEC, que se aprovada pelos deputados gaúchos afastará de vez o risco de entregarmos os recursos hídricos do Rio Grande do Sul – patrimônio de toda a população - aos que têm interesse apenas em obter grandes lucros.

Origem da comemoração

A data histórica refere-se a 1º de Maio de 1886, quando centenas de trabalhadores de Chicago (EUA), que estavam em greve, foram mortos à bala pela polícia, a serviço dos grandes empresários e dos políticos que representavam estes interesses. Na seqüência, cinco dos líderes trabalhistas foram condenados à forca, e outros tantos à prisão perpétua. O que eles queriam? Nada demais: apenas alguns direitos básicos, hoje considerados naturais, como um descanso semanal, um limite diário de horas de trabalho, um salário mínimo... Estes foram seus crimes. Em nosso país, a data foi consolidada como o Dia dos Trabalhadores em 1925, quando o presidente Artur Bernardes baixou um decreto instituindo o 1º de maio como feriado nacional.