Na sexta-feira última, 23/10, a categoria realizou uma assembléia geral histórica, mas também preocupante. Histórica por ter à mesa a representação de vários sindicatos de trabalhadores da Corsan. Preocupante para setores da direção da empresa que combatem a atuação sindical - enquanto a categoria se encarregava de fortalecer ainda mais a atuação sindical, ao aprovar o desconto assistencial para o mês de dezembro. O fato é que por uma ampla maioria a categoria aprovou a contraproposta da Corsan, visando concluir o Acordo Coletivo 2009-2010. Cerca de mil colegas lotaram todos os espaços do Centro de Eventos do Parque da Harmonia, em Porto Alegre.
A preocupação está em setores que querem acabar com a empresa pública Corsan. Está em quem retira direitos de dirigentes sindicais na tentativa de enfraquecê-los; está em quem terceiriza cada vez mais, impedindo os concursados de assumirem os cargos.
Avanços no Acordo
Entre as demandas que tiveram avanços e aceitação da direção da companhia, estão:
Cláusula 6ª - Vale-Rancho: Dia 21 de dezembro de 2009 todos os empregados da Corsan receberão um vale-rancho suplementar no valor de R$ 450,00, em parcela única (não se constituindo em parcela integrante do salário ou remuneração). Cláusula nova.
Cláusula 66ª - Leituristas: Caiu o limitador de 3.000 leituras nas pequenas unidades. O prêmio (no valor de R$ 0,032 por operação de leitura de hidrômetro) passa a contar a partir da primeira leitura realizada.
Cláusula 87ª - Demissão Voluntária: A Corsan concederá uma indenização de Incentivo à Demissão Voluntária aos empregados com 57 anos completos em 03/05/2009. A cláusula é nova e deixa claro que a demissão é voluntária – só pode acontecer se o funcionário assim solicitar.
Alteração na 82
Uma mudança bem recebida pelos colegas foi a alteração – comunicada pela direção da Corsan por telefone, na tarde de quinta-feira – na Cláusula 82, suprimindo a parte que dizia que os trabalhadores liberados para comparecer às assembléia deveriam voltar ao trabalho no mesmo dia.
Maturidade
Conforme o presidente do SINDIÁGUA, Rui Porto, a decisão soberana da assembléia de sexta-feira demonstrou a “maturidade da categoria, que compreendeu o momento delicado porque passa a companhia, em relação à renovação dos contratos de gestão. Também ficou demonstrado que quando há mobilização é possível obter avanços para todos em conjunto com as demais categorias”.
Desconto não obrigatório
Considerando que a defesa dos nossos empregos, e da Corsan como empresa pública, é um processo que depende da conscientização de cada indivíduo, o SINDIÁGUA está dando oportunidade para aqueles que entendem que não devam ter o desconto no seu contracheque. No próximo boletim sindical estará explicado como fazer para não ter o desconto.
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