quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Um ótimo 2010 a todos!

E que cada um faça sua parte por um estado e um mundo melhores

Um dos principais fatos a marcar este final de 2009 foi a Conferência Mundial sobre o Clima, realizada em Copenhague, Noruega, neste mês de dezembro. Apesar dos resultados práticos terem sido tímidos, muitos analistas consideram que o evento teve a virtude maior de colocar sob os holofotes da mídia mundial o tema do desequilíbrio ambiental e o aquecimento planetário. Agora não há mais como negar a gravidade da situação que o próprio ser humano criou, degradando ares, solo e as águas do nosso planeta – que dá sinais, às vezes violentos, de que não agüenta mais o ritmo da destruição.

Para nós, que trabalhamos exatamente com a água, uma das principais riquezas naturais, indispensável para garantir a vida sobre a Terra, esta questão é de fundamental importância. Talvez não pareça, mas o desperdício de água, o saneamento ambiental que não é feito, a má qualidade do trabalho realizado por terceirizadas ou em conseqüência do sucateamento das estruturas da Corsan e da falta de materiais e condições de trabalho, não lesam apenas o direito do consumidor e o bolso de todos nós, contribuintes. Tudo isto também gera danos ao meio ambiente.

Por essas e outras, neste Natal, nós do SINDIÁGUA desejamos à toda a categoria uma data de muita festa, muita alegria e confraternização com amigos e familiares.

Mas que também brilhe a luz da consciência sobre todos os homens e mulheres que formam a sociedade gaúcha. E que cada um de nós compreenda a dimensão da sua responsabilidade por um mundo mais equilibrado e melhor para todos – seres humanos e natureza. Entendendo que cada um pode fazer a diferença, em sua casa, em seu local de trabalho, na hora de votar em seus representantes e no exemplo que damos a nossos filhos.

São os votos sinceros do SINDIÁGUA neste Natal 2009 e Ano Novo!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Meio Ambiente - Palestra na Assembléia Legislativa discute ameaça aos recursos hídricos no pampa gaúcho


Um evento em defesa do meio ambiente do Rio Grande do Sul, com o apoio do SINDIÁGUA, vai acontecer às 19h desta quinta-feira, 17/12, no Plenarinho da Assembléia Legislativa/RS. O jornalista uruguaio Victor Baccheta, autor do livro “A fraude da celulose”, irá palestrar sobre “Impactos sócio-econômicos e ambientais da silvicultura para celulose no Cone Sul”. Na seqüência, o professor Valério Pillar, do Centro de Ecologia da UFRGS, irá falar sobre “Ameaças da monocultura arbórea à biodiversidade do Bioma Pampa”. A verdade é que o avanço das empresas de celulosa por toda a região sul da América Latina, ameaça inclusive o pampa gaúcho, na Metade Sul do estado, depois que a governadora Yeda Crusius “flexibilizou” a legislação ambiental para acolher o plantio sem limites de pinus e eucaliptos. (Na foto ao lado, população protesta contra ação de papeleiras, em cidade uruguaia).

Ameaça aos recursos hídricos
Seguindo o exemplo do Uruguai, que vem sofrendo desertificação e êxodo rural em função do avanço destes plantios, o RS no atual governo também busca o chamado “desenvolvimento a qualquer custo”. A insistência uruguaia em apostar nessa entrega de imensas áreas rurais do pampa para as grandes multinacionais da celulose, causou um grande conflito com a Argentina, ainda não resolvido.

Os especialistas confirmam que estas monoculturas secam as reservas hídricas das regiões (ao lado, foto de poço seco, em plantação de eucaliptos no pampa uruguaio), com isso provocando o abandono dos agricultores de suas terras e, a partir da destruição das vegetações nativas, causam o surgimento de pragas naturais, como acontece no Uruguai.  Além, disso, este é um dos setores industriais que mais poluem, menos empregos geram e mais área ocupam.

O livro
O livro do jornalista uruguaio foi traduzido pelo geógrafo gaúcho Renzo Bassanetti e posteriormente alguns exemplares estarão à disposição para consulta da categoria na sede do SINDIÁGUA.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sindicato propõe medidas para aumentar segurança nos locais de trabalho


Não é de hoje, que a segurança ou insegurança nas dependências da Corsan vem preocupando duplamente os trabalhadores da companhia. Por um lado, o viés do patrimônio público sendo depredado, roubado cotidianamente, patrimônio pelo qual elamos, pois é necessário para nossas atividades laborais, e a cada dia que chegamos para trabalhar, não sabemos se este material estará lá ou não. Sabemos também que muitas vezes sequer é feita a Ocorrência policial, importante para que as autoridades competentes possam fazer seu trabalho. Outras vezes são os bens dos próprios funcionários que estão sendo roubados, e depois dos ladrões perceberem que na Corsan “não dá nada”, não é fácil mudar este paradigma.

Risco aos trabalhadores
A segunda preocupação é mais importante ainda, pois diz respeito à saúde e segurança do trabalhador. Muitas vezes temos o trabalhador do Tratamento, dentro de uma ETA ou ETE, afastado de qualquer tipo de socorro, a mercê de bandidos ou vândalos, e o caso se agrava mais quando trata-se das colegas que iniciam ou terminam sua jornada de trabalho na madrugada, conforme escala de serviço. Sabemos que estas colegas querem trabalhar de igual para igual com qualquer colega, não ensejam tratamento diferenciado, mas a questão da segurança se agrava quando temos uma colega só, dentro de uma instalação. A mesma analogia vale para poços, recalques, USs, coordenadorias, etc.

Sugestões
Por tudo isso - os bens próprios da companhia, os bens particulares dos colegas, a saúde e a segurança dos funcionários - é que o SINDIÁGUA vem a partir de agora desencadear algumas iniciativas que busquem a solução destes problemas, da seguinte maneira:
· Recolhimento de informações, através dos trabalhadores para o Sindicato, por meio de relatos, fotos, vídeos, etc, mostrando o que pode e deve ser mudado, desde telas de arame em más condições, capim alto, janelas quebradas ou que não fecham, enfim tudo que influencia no aumento do risco em seu local de trabalho;
· Análise prévia dos materiais, pelo Sindicato e demais entidades que quiserem somar no processo;
· Encaminhamento das conclusões aos órgãos competentes;
· Acompanhamento das proposições recebidas da Corsan por órgãos competentes.


Fiscalização constante
Com a chegada do processo a este patamar, a ação será contínua, sendo necessária uma fiscalização constante realizada pelo Sindicato e os próprios funcionários.
Desde já convidamos a Corsan a participar desta caminhada, buscando a construção de um local de trabalho seguro e coerente com a grandeza desta companhia. Contamos com a colaboração de todos.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Abandono - Precarização e falta de condições de trabalho em Butiá, Minas do Leão e Arroio dos Ratos

Na tarde da quarta-feira, 09/12, a diretora da regional Carbonífera/Porto Alegre do SINDIÁGUA, Eloísa Quines, esteve visitando as unidades da Corsan em Butiá, Minas do Leão (vinculada) e Arroio dos Ratos, e constatou o verdadeiro quadro de abandono em que trabalham os colegas da região. “Os colegas nos mostraram a total precarização das condições de trabalho”, relata a diretora sindical. “Por mais que se esforcem, não conseguem dar conta, pois além de faltar material de manutenção para o dia a dia, os próprios da Corsan estão abandonados”.

O reservatório da ETA de Butiá está tapado precariamente com madeira de divisórias, afundando sobre a água tratada. Os trabalhadores revelaram que quando as escolas pedem para fazer visitas de alunos, eles ficam constrangidos de mostrar as condições do local onde a água da cidade é tratada.



Barragem precária

Em Minas do Leão, na barragem em que é feita a captação da água, um pedaço da barreira cedeu e a Corsan se omitiu, tendo os próprios colegas do local, além de suas obrigações diárias, de fazer um conserto precário, com sacos de areia e brita. E mais: com a destruição das matas ciliares, há um problema grave de assoreamento no local de captação. “Há duas bombas lá, mas uma sempre estragada”, contou um colega à diretora do SINDIÁGUA. “Quando a outra bomba estraga, o tratamento de água fica suspenso até que os montadores consigam catar peças para o conserto”.


Risco de vida
E tem ainda o risco de vida, pois quando o equipamento estraga, o técnico da ETA precisa ir nadando ao local para retirar a bomba. Por causa da falta de manutenção, a companhia gasta com serviço terceirizado para retirar a areia do manancial. Também o sistema elétrico – embora feito recentemente, por terceirizada – está com a fiação exposta, trazendo perigo aos trabalhadores.


Em Arroio dos Ratos, a conservação dos próprios da Corsan está um pouco melhor, pois além de realizarem suas atividades profissionais, são os próprios colegas que fazem pintura, cortam grama, etc. Mesmo assim, sofrem com a falta de equipamento para realizar suas funções, tendo que “enjambrar” maneiras de solucionar problemas.

Preocupação com os contratos
Em Butiá e Arroio dos Ratos, a diretora ouviu muitas frases de preocupação dos colegas com a renovação dos contratos de gestão. “Mas também escutei frases de solidariedade com o pessoal de outras regiões e sobre a questão de Uruguaiana, que ficou uma referência do risco que a companhia está sofrendo, se os investimentos necessários a um bom trabalho da Corsan não forem realizados”, concluiu a diretora Eloísa Quines.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Meio Ambiente - Trabalhadores e ambientalistas contra a votação de projeto que ameaça legislação ambiental gaúcha


A pressão e mobilização de entidades de trabalhadores e ambientalistas vêm surtindo efeito junto às estruturas de governo e no Legislativo
estadual, em relação ao Projeto de Lei 154, considerado um desastre para o meio ambiente do Rio Grande do Sul. Nesta terça-feira, dia 08, os sindicalistas e ambientalistas voltaram à Assembléia Legislativa para conversar com os deputados sobre a polêmica proposta.        O objetivo é que a Comissão de Constituição e Justiça da AL não vote por enquanto – antes de uma ampla discussão com todos os setores – o tal Projeto de Lei, que pretende fazer mudanças ilegais e de afogadilho na legislação ambiental.

O próprio secretário-adjunto da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA), Giancarlo Tusi Pinto, em reunião na sexta-feira, dia 04/12, com o diretor de Formação do SINDIÁGUA, David Barros, e mais dirigentes do Semapi, Apedema, Mogdema, CUT/RS, ABES e Rede Brasileira de Agendas 21 Locais, disse que a Secretaria é contra a aprovação do PL 154. “Este projeto já não é unanimidade nem na base do governo”, garantiu o secretário adjunto da SEMA. Segundo ele, é preciso esquecer o PL 154 e abrir o debate no Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) sobre as competências estadual e federal e ver o que realmente é preciso modificar no Código Ambiental do Estado.

Código Florestal Brasileiro
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, se comprometeu com ajustes no Código Florestal Federal após ouvir produtores, governos e ambientalistas. “Os agricultores familiares querem produzir respeitando o meio ambiente”, reafirmou o líder da bancada do PT, deputado Elvino Bohn Gass. Ele observou que, ao contrário dos argumentos do autor do PL 154, deputado Edson Brum (PMDB), a matéria não tem o aval da Comissão de Agricultura. “Brum quer mexer numa lei edificada por diversos atores sociais, ao longo de dez anos. Se aprovado, esse projeto que revoga as leis ambientais vigentes no RS sem dúvida será destrutivo ao meio ambiente”, ressaltou.

Saneamento
A defesa do meio ambiente é fundamental para toda a população, mas é essencial para nós, trabalhadores em saneamento público, que dependemos de uma cadeia ambiental preservada e saudável, que garanta os mananciais que abastecem o estado.

SINDIÁGUA participa de ato contra pacote de Yeda sobre servidores públicos







Os trabalhadores organizados no Fórum dos Servidores Públicos Estaduais do Rio Grande do Sul (FSPE – RS) realizaram ato em frente ao Palácio Piratini (foto) no final da manhã de ontem, terça-feira, 01/12, contra o pacote de projetos enviados pelo governo Yeda à Assembléia Legislativa. O “pacotaço” de Yeda inclui a retirada de conquistas históricas de todas as categorias, em especial a educação e a segurança, além da imposição de metas absurdas de produtividade.




Mau cheiro
Representantes de todas as categorias que compõem o Fórum e das centrais sindicais se revezaram em falas que demonstravam todo o descontentamento e a preocupação com a manutenção da qualidade dos serviços públicos no Estado. Em sua fala (foto ao lado), o presidente do SINDIÁGUA, Rui Porto, declarou que “este governo pavimentou uma via no Rio Grande do Sul, em que cada pedra que se levanta percebe-se o mau cheiro”. Já Isaac Ortiz, presidente da Ugeirm/Sindicato, sustentou que as propostas do governo “destroem o serviço público e as carreiras dos servidores”.




Posição
Por volta das 11h30, representantes dos sindicatos foram até a Assembléia Legislativa, onde ocorria a reunião de lideranças dos partidos e entregaram ao presidente da Casa, Ivar Pavan, um documento manifestando a posição de indignação das categorias (foto à direita).