O reservatório da ETA de Butiá está tapado precariamente com madeira de divisórias, afundando sobre a água tratada. Os trabalhadores revelaram que quando as escolas pedem para fazer visitas de alunos, eles ficam constrangidos de mostrar as condições do local onde a água da cidade é tratada.
Barragem precária
Em Minas do Leão, na barragem em que é feita a captação da água, um pedaço da barreira cedeu e a Corsan se omitiu, tendo os próprios colegas do local, além de suas obrigações diárias, de fazer um conserto precário, com sacos de areia e brita. E mais: com a destruição das matas ciliares, há um problema grave de assoreamento no local de captação. “Há duas bombas lá, mas uma sempre estragada”, contou um colega à diretora do SINDIÁGUA. “Quando a outra bomba estraga, o tratamento de água fica suspenso até que os montadores consigam catar peças para o conserto”.
E tem ainda o risco de vida, pois quando o equipamento estraga, o técnico da ETA precisa ir nadando ao local para retirar a bomba. Por causa da falta de manutenção, a companhia gasta com serviço terceirizado para retirar a areia do manancial. Também o sistema elétrico – embora feito recentemente, por terceirizada – está com a fiação exposta, trazendo perigo aos trabalhadores.
Em Butiá e Arroio dos Ratos, a diretora ouviu muitas frases de preocupação dos colegas com a renovação dos contratos de gestão. “Mas também escutei frases de solidariedade com o pessoal de outras regiões e sobre a questão de Uruguaiana, que ficou uma referência do risco que a companhia está sofrendo, se os investimentos necessários a um bom trabalho da Corsan não forem realizados”, concluiu a diretora Eloísa Quines.