quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Um ótimo 2010 a todos!
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Meio Ambiente - Palestra na Assembléia Legislativa discute ameaça aos recursos hídricos no pampa gaúcho
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Sindicato propõe medidas para aumentar segurança nos locais de trabalho
Não é de hoje, que a segurança ou insegurança nas dependências da Corsan vem preocupando duplamente os trabalhadores da companhia. Por um lado, o viés do patrimônio público sendo depredado, roubado cotidianamente, patrimônio pelo qual elamos, pois é necessário para nossas atividades laborais, e a cada dia que chegamos para trabalhar, não sabemos se este material estará lá ou não. Sabemos também que muitas vezes sequer é feita a Ocorrência policial, importante para que as autoridades competentes possam fazer seu trabalho. Outras vezes são os bens dos próprios funcionários que estão sendo roubados, e depois dos ladrões perceberem que na Corsan “não dá nada”, não é fácil mudar este paradigma.
Risco aos trabalhadores
A segunda preocupação é mais importante ainda, pois diz respeito à saúde e segurança do trabalhador. Muitas vezes temos o trabalhador do Tratamento, dentro de uma ETA ou ETE, afastado de qualquer tipo de socorro, a mercê de bandidos ou vândalos, e o caso se agrava mais quando trata-se das colegas que iniciam ou terminam sua jornada de trabalho na madrugada, conforme escala de serviço. Sabemos que estas colegas querem trabalhar de igual para igual com qualquer colega, não ensejam tratamento diferenciado, mas a questão da segurança se agrava quando temos uma colega só, dentro de uma instalação. A mesma analogia vale para poços, recalques, USs, coordenadorias, etc.
Sugestões
Por tudo isso - os bens próprios da companhia, os bens particulares dos colegas, a saúde e a segurança dos funcionários - é que o SINDIÁGUA vem a partir de agora desencadear algumas iniciativas que busquem a solução destes problemas, da seguinte maneira:
· Recolhimento de informações, através dos trabalhadores para o Sindicato, por meio de relatos, fotos, vídeos, etc, mostrando o que pode e deve ser mudado, desde telas de arame em más condições, capim alto, janelas quebradas ou que não fecham, enfim tudo que influencia no aumento do risco em seu local de trabalho;
· Análise prévia dos materiais, pelo Sindicato e demais entidades que quiserem somar no processo;
· Encaminhamento das conclusões aos órgãos competentes;
· Acompanhamento das proposições recebidas da Corsan por órgãos competentes.
Fiscalização constante
Com a chegada do processo a este patamar, a ação será contínua, sendo necessária uma fiscalização constante realizada pelo Sindicato e os próprios funcionários.
Desde já convidamos a Corsan a participar desta caminhada, buscando a construção de um local de trabalho seguro e coerente com a grandeza desta companhia. Contamos com a colaboração de todos.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Abandono - Precarização e falta de condições de trabalho em Butiá, Minas do Leão e Arroio dos Ratos
O reservatório da ETA de Butiá está tapado precariamente com madeira de divisórias, afundando sobre a água tratada. Os trabalhadores revelaram que quando as escolas pedem para fazer visitas de alunos, eles ficam constrangidos de mostrar as condições do local onde a água da cidade é tratada.
Barragem precária
E tem ainda o risco de vida, pois quando o equipamento estraga, o técnico da ETA precisa ir nadando ao local para retirar a bomba. Por causa da falta de manutenção, a companhia gasta com serviço terceirizado para retirar a areia do manancial. Também o sistema elétrico – embora feito recentemente, por terceirizada – está com a fiação exposta, trazendo perigo aos trabalhadores.
Em Butiá e Arroio dos Ratos, a diretora ouviu muitas frases de preocupação dos colegas com a renovação dos contratos de gestão. “Mas também escutei frases de solidariedade com o pessoal de outras regiões e sobre a questão de Uruguaiana, que ficou uma referência do risco que a companhia está sofrendo, se os investimentos necessários a um bom trabalho da Corsan não forem realizados”, concluiu a diretora Eloísa Quines.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Meio Ambiente - Trabalhadores e ambientalistas contra a votação de projeto que ameaça legislação ambiental gaúcha
SINDIÁGUA participa de ato contra pacote de Yeda sobre servidores públicos
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Meio Ambiente - Secretaria do Meio Ambiente é contra o PL 154, afirmou secretário adjunto
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Saúde - Dia do Doador de Sangue
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Sindicato discute falta de peças, escala de plantão e irregularidade de empreiteira em Santa Maria
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Cidadania - Dia da Consciência Negra
Na data de hoje, 20 de Novembro, comemora-se em todo o Brasil o Dia Nacional da Consciência Negra, por lei federal de janeiro de 2003. A data é uma homenagem ao grande líder negro Zumbi dos Palmares, e faz referência ao dia 20 de novembro de 1665, quando foi o corpo do herói guerreiro contra a escravatura no Nordeste brasileiro foi encontrado perfurado por balas e punhaladas. A diretora de Gênero do Sindiágua, Vera Castro Alves, a partir de uma pesquisa na internet, montou um texto relatando a saga deste herói nacional. Veja em nosso site: www.sindiaguars.com.br
Falando de Consciência
Através da consciência moral (social e pessoal), o ser humano tem a capacidade de conhecer não apenas valores e mandamentos morais, mas de aplicá-los em diferentes situações. Consiste na capacidade do homem observar a própria conduta e formular juízos sobre os atos passados, presentes e as intenções futuras. E depois de julgar, o homem tem condições de escolher, dentre as circunstâncias possíveis, seu próprio caminho na vida.
Devemos analisar a consciência no mundo atualmente, em todos os aspectos, e nos assombramos quando ainda assistimos a casos de racismo contra os negros, com palavras grosseiras que magoam e intimidam, isto é inadmissível numa sociedade que se diz evoluída. Mesmo com toda globalização ainda existe o preconceito racial, de forma velada, mascarada e humilhante.
O mundo precisa mudar, ser capaz de conviver em paz, sem barreiras de fronteiras e sem preconceitos, estabelecer corretas relações humanas e buscar o entendimento do que somos, respeitando as nossas diferenças, e para onde realmente caminhamos. O mundo será mais justo e digno quando as pessoas tiverem consciência e respeitarem a dignidade da raça negra.
Quem foi Zumbi?
Zumbi foi o grande líder do Quilombo dos Palmares, respeitado herói da resistência anti-escravagista. Nascido no Quilombo, mas criado e educado pelo padre Antônio Melo, o futuro líder do Quilombo dos Palmares já tinha apreciável noção de Português e Latim aos 12 anos de idade, sendo batizado com o nome de Francisco. Padre Antônio Melo exaltava a inteligência de Zumbi/Francisco. Em 1670, com 15 anos, Zumbi fugiu e voltou para o Quilombo. Tornou-se um dos líderes mais famosos de Palmares. "Zumbi" significa: a força do espírito presente. Baluarte da luta negra contra a escravidão, Zumbi foi o último chefe do Quilombo dos Palmares.
Palmares constituiu-se como abrigo não só de negros, mas também de brancos pobres, índios e mestiços extorquidos pelo colonizador. Os quilombos, que na língua banto significam "povoação", funcionavam como núcleos habitacionais e comerciais, além de local de resistência à escravidão, já que abrigavam escravos fugidos de fazendas. No Brasil, o mais famoso deles foi Palmares.
O Quilombo dos Palmares existiu por um período de quase cem anos, entre 1600 e 1695. No Quilombo de Palmares (o maior em extensão), viviam cerca de 20 mil habitantes. Nos engenhos e senzalas, Palmares era tido como a Terra Prometida, e Zumbi, era visto como eterno e imortal, e reconhecido como um protetor leal e corajoso. Zumbi era um extraordinário e talentoso dirigente militar. Explorava com inteligência as peculiaridades da região. No Quilombo de Palmares plantavam-se frutas, milho, mandioca, feijão, cana, legumes, batatas. Em meados do século XVII, calculavam-se ali cerca de 11 povoados.
Segundo o historiador Paiva de Oliveira, Zumbi foi localizado no dia 20 de novembro de 1695, vítima da traição de Antônio Soares. “O corpo perfurado por balas e punhaladas foi levado a Porto Calvo. A sua cabeça foi decepada e remetida para Recife onde, foi coberta por sal fino e espetada em um poste até ser consumida pelo tempo”, ele relatou.
O Quilombo dos Palmares foi defendido durante anos por Zumbi contra as expedições militares que pretendiam trazer os negros fugidos novamente para a escravidão. O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.
Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira
A lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas, as aulas sobre os temas História da África e dos africanos; luta dos negros no Brasil; cultura negra brasileira; e o negro na formação da sociedade nacional, propiciarão o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.
Diante dos fatos narrados, temos que ter a consciência de que existiu uma época escravagista, a qual massacrou uma multidão de pessoas, mas não se admite que nos tempos atuais as pessoas tenham a mesma mentalidade de seus antepassados, e que desconheçam a história do povo da raça negra, que nunca foi submisso, e que lutou bravamente pela liberdade. Mesmo assim, muitos ainda continuam presos as grilhões por imposição da sociedade, lhes limita os direitos em todos os sentidos.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Audiência Pública - Renovação de contrato em Cachoeira tem boas perspectivas
Na terça-feira, dia 10, houve uma Audiência Pública na Câmara de Vereadores de Cachoeira do Sul, para tratar da proposta da Corsan à Prefeitura, visando o fechamento do Contrato de Gestão dos Serviços de Saneamento Ambiental. Após quatro anos de brigas com o antigo prefeito, e apenas dez meses de negociação com o atual, o secretário de governo Ronaldo Tonet apresentou proposta fazendo um comparativo entre o que havia sido negociado com o antigo prefeito, a conquista da atual gestão da Prefeitura e o que foi acordado entre Santa Rosa e Corsan.
Houve unanimidade de opiniões de que, se o contrato em Cachoeira do Sul fosse assinado agora, já poderia ser considerado o melhor de todos. Mas ainda faltam alguns ajustes para contemplar as reivindicações da nossa categoria, como a cláusula de barreira, número ideal de funcionários durante a vigência do contrato, criação do Conselho Municipal de Saneamento, setorização da malha de distribuição e descentralização do atendimento, entre outras.
Pequenos ajustes
Somente uma das “viúvas” da antiga administração manifestou-se contrário à proposta. Entre todos os presentes que se manifestaram, houve apenas a preocupação em fazer pequenos ajustes para que a sociedade civil organizada esteja contemplada na gestão dos recursos do Fundo que será criado. Em conversa com algum dos vereadores presentes, ficou a impressão de que será aprovado na Câmara o projeto do Executivo para fechamento do contrato. Ronaldo Tonet disse ao nosso delegado sindical Sérgio Krug Mello que provavelmente até o final da próxima semana o projeto de lei será enviado à Câmara, para apreciação dos vereadores.
Na audiência também houve a manifestação do diretor do SINDIÁGUA Rogério Ferraz, e de alguns vereadores, com destaque ao vereador Luciano Figueiró, em defesa dos serviços da Corsan. Também falaram lideranças comunitárias e culturais, chamando a atenção a manifestação do colega André Finamor, que demonstrou profundo conhecimento da história do saneamento nacional.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Colegas do DAE de Livramento filiam-se ao SINDIÁGUA
Baixos salários e más condições
O DAE de Livramento conta com cerca de 250 trabalhadores. Eles enfrentam problemas como baixos salários – muitos não atingem o mínimo estadual! – e falta de condições adequadas e equipamentos para trabalhar com segurança.
sábado, 24 de outubro de 2009
Assembléia Geral - Categoria aprova Acordo Coletivo em assembléia histórica
Na sexta-feira última, 23/10, a categoria realizou uma assembléia geral histórica, mas também preocupante. Histórica por ter à mesa a representação de vários sindicatos de trabalhadores da Corsan. Preocupante para setores da direção da empresa que combatem a atuação sindical - enquanto a categoria se encarregava de fortalecer ainda mais a atuação sindical, ao aprovar o desconto assistencial para o mês de dezembro. O fato é que por uma ampla maioria a categoria aprovou a contraproposta da Corsan, visando concluir o Acordo Coletivo 2009-2010. Cerca de mil colegas lotaram todos os espaços do Centro de Eventos do Parque da Harmonia, em Porto Alegre.
A preocupação está em setores que querem acabar com a empresa pública Corsan. Está em quem retira direitos de dirigentes sindicais na tentativa de enfraquecê-los; está em quem terceiriza cada vez mais, impedindo os concursados de assumirem os cargos.
Avanços no Acordo
Entre as demandas que tiveram avanços e aceitação da direção da companhia, estão:
Cláusula 6ª - Vale-Rancho: Dia 21 de dezembro de 2009 todos os empregados da Corsan receberão um vale-rancho suplementar no valor de R$ 450,00, em parcela única (não se constituindo em parcela integrante do salário ou remuneração). Cláusula nova.
Cláusula 66ª - Leituristas: Caiu o limitador de 3.000 leituras nas pequenas unidades. O prêmio (no valor de R$ 0,032 por operação de leitura de hidrômetro) passa a contar a partir da primeira leitura realizada.
Cláusula 87ª - Demissão Voluntária: A Corsan concederá uma indenização de Incentivo à Demissão Voluntária aos empregados com 57 anos completos em 03/05/2009. A cláusula é nova e deixa claro que a demissão é voluntária – só pode acontecer se o funcionário assim solicitar.
Alteração na 82
Uma mudança bem recebida pelos colegas foi a alteração – comunicada pela direção da Corsan por telefone, na tarde de quinta-feira – na Cláusula 82, suprimindo a parte que dizia que os trabalhadores liberados para comparecer às assembléia deveriam voltar ao trabalho no mesmo dia.
Maturidade
Conforme o presidente do SINDIÁGUA, Rui Porto, a decisão soberana da assembléia de sexta-feira demonstrou a “maturidade da categoria, que compreendeu o momento delicado porque passa a companhia, em relação à renovação dos contratos de gestão. Também ficou demonstrado que quando há mobilização é possível obter avanços para todos em conjunto com as demais categorias”.
Desconto não obrigatório
Considerando que a defesa dos nossos empregos, e da Corsan como empresa pública, é um processo que depende da conscientização de cada indivíduo, o SINDIÁGUA está dando oportunidade para aqueles que entendem que não devam ter o desconto no seu contracheque. No próximo boletim sindical estará explicado como fazer para não ter o desconto.
Veja todas as fotos na seção Galeria deste site, ou clicando aqui.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Vazamento - Corsan recusa CATs e registro do benzeno no Sitel
Mais prazo
Nova reunião
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Ação Civil Pública contra terceirização na Corsan
Veja as páginas da Ação Civil Pública, imposta pelo Ministério Público do Trabalho contra a Corsan, visando desterceirizar atividades-fim como corte, ligação e religação. Clique aqui: Ação Civil Pública
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Acordo Coletivo - SINDIÁGUA prepara assembléia geral para definir próximos passos da negociação
Tendo transcorrido os dez dias de prazo, aprovados no Encontro de Delegados do SINDIÁGUA, sem que a direção da Corsan tenha acenado como uma resposta final às demandas da categoria para a conclusão do Acordo Coletivo 2009-2010, o SINDIÁGUA prepara a realização de uma Assembléia Geral para definição dos próximos passos da campanha. O evento deverá ocorrer no próximo dia 23 deste mês, uma sexta-feira, a partir das 9h.
O local ainda está sendo definido, com forte indicativo do Centro de Eventos Parque da Harmonia, no centro de Porto Alegre, onde já foram realizadas outras assembléias da categoria.
Manifestação
Vale lembrar que, na tarde do dia 01 de outubro, um grupo de diretores e delegados do SINDIÁGUA, juntamente com representantes de outras entidades sindicais representadas na companhia, esteve na sede da Corsan, em busca de uma definição para o Acordo. Na ocasião, o presidente da companhia, Mario Freitas, disse que “até o meio da semana que vem” (dia 07/10) deveria ter uma resposta para os sindicatos, a partir de manifestação do GAE (governo do estado). Mas nada aconteceu.
domingo, 4 de outubro de 2009
Projeto de Lei 154 - SINDIÁGUA e outras entidades defendem legislação ambiental na Assembléia Legislativa
Com a intervenção do deputado Elvino Bohn Gass, que na tarde de ontem, 03/10, pediu vistas ao Projeto de Lei 154, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembléia Legislativa, ficou momentaneamente afastada a aprovação de um verdadeiro retrocesso em todo o processo de proteção ao meio ambiente no Rio Grande do Sul. Antes, um grupo formado por representantes do SINDIÁGUA, da Sociedade de Engenharia/RS, do Centro de Biotecnologia e outras entidades ambientalistas e de trabalhadores havia conversado com Bohn Gass e visitado os gabinetes dos deputados que teriam aprovado inicialmente o PL, mesmo sem um debate mais profundo.
Depois, os representantes tiveram audiência com o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Ivar Pavan, que saudou o interesse dos participantes em aprofundar a discussão do tema e levá-lo a toda a sociedade. “Por ser do maior interesse dos gaúchos e gaúchos, espero que os deputados acolham e levem adiante esta discussão”, disse Pavan.
Entenda aqui o que está em jogo
Pense numa determinação legal sobre o meio ambiente que acaba com a obrigação do estado dar transparência à sociedade sobre o que está fazendo. Que, aliás, elimina a participação e a opinião dos diversos setores sociais, privilegiando quase que inteiramente os grandes produtores rurais – os grandes beneficiários da falta de limites para a exploração e esgotamento da natureza. E finalmente, pense numa modificação legal que, na prática, extingue o poder de fiscalização governamental e policial sobre as agressões e crimes cometidos contra o meio ambiente.
Considerando que o mundo assiste nos últimos anos o aquecimento global, dramáticas mudanças no clima do planeta, o avanço do desmatamento e das secas prolongadas, o aumento da poluição das águas e ares, quando países tomam medidas drásticas de defesa ambiental; você deve acreditar que uma legislação assim - com itens flagrantemente danosos ao do meio ambiente - não poderia ser aprovada, ou sequer proposta à sociedade gaúcha.
Falso debate
Mas é exatamente isso o que propõe o Projeto de Lei 154/09 (PL 154), de autoria do deputado Edson Brum (PMDB). Elaborado por um grupo de técnicos e assessores ligados ao agronegócio gaúcho, o PL 154 teria sido aprovado pela Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembléia Legislativa/RS, da qual Brum é o atual presidente. Só que, na verdade, ele não chegou a ser debatido na tal comissão – houve uma coleta de assinaturas entre os parlamentares da CAPC, sendo deixados de fora os membros que pertencem ao PT e ao PSB.
Vale lembrar que sequer foi ouvida ou consultada a Comissão de Saúde e Meio Ambiente da AL, que elaborou a Lei 11520/00 (base do atual Código do Meio Ambiente Estadual) em 1999, criada após um longo debate com todos os setores da sociedade gaúcha, e que é até hoje considerada uma referência nacional sobre o tema. Pois o PL 154 pretende não só substituir a Lei 11.520/00 como se transformar em um Código Ambiental Único no RS.
Inconstitucional
Além de ser um arranjo entre poucos beneficiários, o tal projeto de lei feito de afogadilho é inconstitucional, pois o Artigo 40 da Constituição do Estado determina a existência de três Códigos: o Código Estadual do Meio Ambiente, o Código Estadual de Uso e Manejo do Solo Agrícola e o Código Estadual Florestal. Na verdade, o PL 154 pretende extinguir e substituir, de uma penada só, sete leis estaduais para o setor.
É bom lembrar que atualmente há um grande debate nacional sobre o aperfeiçoamento do Código Florestal Brasileiro. Assim, qualquer alteração na legislação ambiental – antes da mudança nacional – é não apenas perda de tempo mas também uma medida politiqueira dos setores conservadores.
Chapa branca
Não é só isso: pelo projeto de lei de Edson Brum ficam eliminados do atual Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) a Sociedade de Engenharia/RS, o SINDIÁGUA, o Centro de Biotecnologia do Estado e o DEFAP, além de várias ongs e entidades de defesa ambiental. Em seu lugar, aumentaria absurdamente a presença de órgãos do governo estadual, configurando um Conselho absolutamente “chapa branca”, que obedecerá e aprovará quaisquer absurdos que vierem do governo de plantão.
Saneamento
A defesa do meio ambiente é fundamental para toda a população, mas é essencial para nós, trabalhadores em saneamento público, que dependemos de uma cadeia ambiental preservada e saudável, que garanta os mananciais que abastecem o estado.
04/10/2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Audiência Pública - SINDIÁGUA defende na Assembléia Legislativa o saneamento como política de estado
Na quarta-feira, 30/09, durante a Audiência Pública “A prestação do serviço de saneamento básico por parte da Corsan, aos municípios do RS”, realizada pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa/RS, o presidente do SINDIÁGUA, Rui Porto, defendeu a necessidade de uma mudança de paradigma em relação ao saneamento público. “Este tema, pela sua importância e abrangência, já não pode mais ser tratado como um plano de governo, mas como uma política permanente, de estado, que não fique sujeita ao humor deste ou daquele governo”, disse ele.
Na ocasião, o presidente da Corsan, Mário Freitas, fez um rápido balanço da sua gestão à frente da companhia, e dos riscos de privatização em algumas cidades. Na platéia, prefeitos de diversos municípios atendidos pela Corsan, além da direção do Sindicato, dos delegados e da Comissão de Mulheres do SINDIÁGUA.
Empresa pública
Após a fala de Mário Freitas, Rui saudou o presidente da Corsan pela convergência na defesa da manutenção da empresa pública, mas frisou as diferenças na administração da gestão. Lembrou também que em nenhuma das intervenções dos participantes da mesa a população dos municípios foi lembrada, e que são os moradores os que mais sofrem com a falta de qualidade nos serviços prestados por empreiteiras e terceirizadas dentro da Corsan. “As prefeituras e as populações não entendem essa dissonância entre altos lucros, amplamente divulgados, e os maus serviços, que hoje são uma realidade no seu dia a dia”, afirmou.
Superávit em discussão
O deputado Cassiá Carpes, apoiador da governadora Yeda Crusius, demonstrou divergência de opinião na base aliada. Ele entende que a “Corsan não deve ter superávit, pois o excedente deve retornar à população em investimentos”, e recordou que o prefeito de Uruguaiana, um dos municípios com maior risco de privatização, pertence ao partido do governo. Já o deputado Miki Breier demonstrou preocupação com os trabalhadores nas cidades onde a Corsan eventualmente possa parar de operar.
Frente Parlamentar
Após os participantes da mesa falarem, a tribuna foi aberta à platéia e o que se viu foi um considerável número de dirigentes municipais insatisfeitos com os contratos firmados pela Corsan que não foram cumpridos, alguns até com mais de dez anos de espera. O deputado Fabiano Pereira ressaltou a importância do Plano Nacional de Saneamento, e propôs a criação de uma Frente Parlamentar em Defesa da Corsan.
terça-feira, 29 de setembro de 2009
SINDIÁGUA realiza Encontro de Delegados
Assembléia Legislativa
A programação do Encontro inclui também a presença dos delegados e demais participantes, às 9h30 desta quarta-feira, na Audiência Pública convocada pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembléia Legislativa/RS, que irá debater “A prestação do serviço de saneamento básico por parte da Corsan, aos municípios do RS”.
Confira a programação:
DIA 30/09/2009 (quarta-feira)
HORÁRIO: 09h30min.
LOCAL: Assembléia Legislativa - RS, Teatro Dante Barone.
EVENTO: Audiência Pública convocada pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente - “A prestação do serviço de saneamento básico por parte da Corsan, aos municípios do RS”.
DIA 30/09/2009 (quarta-feira)
HORÁRIO: 15:00hs.
LOCAL: Auditório City Hotel – Av. Dr. José Montaury, 20 – Centro - Porto Alegre.
EVENTO: a)Apreciação do parecer da Comissão de Ética, referente às contas do Sindicato no período de 2001 à 2007; b) Avaliação e deliberação de atividades sindicais; c) Acordo Coletivo.
DIA 01/10/2009 (quinta-feira)
HORÁRIO: 09:00hs.
LOCAL: Auditório City Hotel
EVENTO: “Deliberação sobre a Negociação de Acordo Coletivo”
Presença assegurada
Os Representantes Sindicais devem utilizar-se da cláusula 70ª, parágrafo quarto (Delegados Sindicais), e parágrafo sétimo (Comissão de Mulheres), bem como a cláusula 73ª, parágrafo segundo, para os eleitos da chapa da atual direção sindical, para o dia 30/09 (referente ao mês de setembro) e para o dia 01/10 (referente ao mês de outubro).
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Edital de licitação - SINDIÁGUA alerta para o risco de privatização do saneamento em S. Luiz Gonzaga
São Luiz Gonzaga viveu uma noite histórica na última sexta-feira, 25/09. O SINDIÁGUA esteve presente na Câmara de Vereadores, onde aconteceu uma audiência pública para apresentação do edital para licitação dos serviços de saneamento no município. Contrariando a vontade popular, o prefeito não abre mão da privatização. O SINDIÁGUA se une aos demais movimentos sociais e está lutando contra a prepotência do chefe do executivo (fotos).
Em uma audiência marcada pela falta de espaço para abrigar todo o povo que queria opinar sobre o tema, os representantes da Prefeitura se esforçaram ao máximo para não deixar o povo falar. Trouxeram uma empresa de Santa Catarina para apresentar o edital. Nunca se ouviu tanta besteira sobre a Lei 11.445. O principal argumento do representante da iniciativa privada era de que o patrimônio da Corsan não precisaria ser ressarcido. Vamos para o embate. Diálogo não resolve mais. Segundo informações do Chefe da US, a repercussão foi muito positiva na manhã desta segunda-feira, dia 28, no noticiário local.
Colegas da Corsan
Boa a conversa com os colegas da Unidade. Ficamos satisfeitos em saber que ninguém da Unidade havia assinado o tal termo de compromisso dos veículos. Aguardam um posicionamento do SINDIÁGUA. Outro ponto positivo dos colegas é o engajamento na defesa da Companhia. Fizeram questão de ressaltar a importância do trabalho da direção do Sindicato na luta contra a privatização. Aceitamos o reconhecimento, mas dizemos que estamos fazendo aquilo que nos propusemos. Trabalhar sério no interesse dos trabalhadores.
Sempre enaltecemos aqui o trabalho que poucos colegas indicados pela direção da Corsan fazem no interior do estado, na defesa do nosso emprego. Juntamente com o SINDIÁGUA, se fazem presentes nas Câmaras de Vereadores, junto aos prefeitos, muitas vezes viajando de madrugada para conseguir cumprir as agendas. Pena que são poucos e, por isto, sobrecarregados.
Mas, agora, depois do Seminário ocorrido em Recife, onde a Corsan enviou um bom número de funcionários e um dos temas era exatamente a Lei 11.445 e toda esta relação com municípios, certamente o pequeno grupo da empresa ganhará reforços, pelo menos, é o que esperamos. Até por que há que justificar tamanho investimento.
Contraponto
Um bom momento é agora, para o pessoal que se fez presente ao seminário mostrar serviço. Um contraponto qualificado está fazendo falta em vários municípios. Em São Luiz Gonzaga, por exemplo, mesmo com o bom trabalho do Chefe da Unidade, falta alguém da Corsan que domine o tema para fazer o contraponto na imprensa. Pois fica sendo a verdade absoluta quando o outro lado diz que o patrimônio da Corsan não precisaria ser indenizado, no caso de uma privatização.